Aqui no nosso gabinete essa questão é muito séria. Eu começo a minha semana com duas canetas azuis, uma preta, uma lapiseira e uma caneta marca-texto na minha mesa. Termino a semana procurando um lápis mordido pra poder escrever.
Um dos meus colegas de trabalho (cara de pau, pois é o que mais pega caneta dos outros), veio com uma alternativa que trago para vocês. A caneta que dá choque. Muita gente por aqui já caiu no golpe dessa caneta. O plano estava indo muito bem se não fosse um dia na correria, o nosso deputado sentar na mesa dele para assinar alguns documentos. O final da história todos deve imaginar.Então é isso, a caneta que dá choque funciona, mas lembre-se de deixá-la longe do chefe.
Atendendo a imprensa em situações de crise
No computador tenho colado uma lista de veículos de imprensa. Ao lado dele uma lista com os ramais dos assessores de imprensa dos deputados da bancada. No armário colei as principais datas comemorativas e o meu calendário de atividades da pós. Falando em calendário tenho dois na minha mesa (não me perguntem por que dois). As canetas são artigo de luxo por aqui, quem tem uma ou coloca alarme ou GPS para poder encontrá-la depois. Gavetas cheias de papéis de tudo quanto é natureza, em fim, acho que isso tudo é bem familiar para quem vive nessa loucura do jornalismo não? 
Assessor de imprensa é jornalista? Segundo os decretos 972/69 e 83.284/79, que regulamentam a profissão de jornalista, sim. Os referidos decretos equiparam, para fins de direitos trabalhistas e enquadramento profissional, as assessorias de imprensa às empresas jornalísticas, e conferem, ainda, todas as prerrogativas legais aos jornalistas assessores de imprensa.
Adrianinho, conhecido pelos colegas, é um ótimo profissional e responsável pelas redes sociais utilizadas pela senadora. No meu caso, eu ensinei o deputado a utilizar essas ferramentes. Algumas vezes eu piloto o twitter dele, mas muitas informações ele mesmo troca com seus seguidores. Parabéns e grande abraço ao amigo!
O evento que participamos foi a formatura da primeira turma no país do projeto de alfabetização do Ministério da Pesca chamado “Pescando Letras”. Achei engraçado que a cada autoridade que era chamada para compor a mesa, a banda marcial da cidade tocava alguma marchinha, estilo as inaugurações de antigamente. A imagem abaixo representa o momento mais marcante, pelo menos para mim que trabalho diretamente com a escrita. Pela primeira vez dona Helena assinou sua carteira de pesca, aliás, pela primeira vez assinou seu nome. “Esse projeto não pesca só letras, mas sim cidadania, auto-estima, perspectiva de um futuro mais digno”, disse o deputado Décio (meu chefe) durante seu pronunciamento.
Vida de assessor de imprensa às vezes não é fácil. Tá bom amigos jornalistas, na maioria das vezes não é fácil. Quando o ministro da pesca convidou todo mundo para ir até a fábrica de gelo que foi inaugurada, eu juro que não passava pela minha cabeça como aconteceu. De baixo de chuva, frio, vento, tentando proteger a máquina para tirar uma foto boa. A tal fábrica de gelo é um contêiner com motores, tubos, e tudo mais dentro. Imaginava 12 pessoas no meio disso tudo mais os repórteres e assessores. A gente se vira como pode, mas dessa vez não deu muito certo.
Indo embora de Imaruí, voltando para Criciúma, onde iríamos encontrar a senadora Ideli Salvatti, passamos em frente a lagoa e não pude me conter em mesmo com chuva registrar algumas imagens. Quando abri a janela, a chuva veio em direção a câmera e molhou um pouco a lente, mesmo assim a foto ficou diferente e boa. 
O que mais me chamou atenção após ler toda a reportagem dos jornalistas Diogo Vargas e Viviane Bevilacqua , por sinal muito bem feita, foi quando virei a página para continuar lendo o jornal. Três folhas de uma bela história, fotos, dados, depoimentos de quem sobreviveu, de quem testemunhou o acidente, dos socorristas, em fim, uma reportagem completa que terminou com a história da família Koerich. Após virar a página eis a surpresa, uma propaganda do Feirão de Imóveis da rede Koerich. A equipe de diagramação não teve nem o cuidado de verificar que a propaganda aparecia após a história trágica da mesma família. Coisas do jornalismo.
Nas sessões polêmicas é sempre bom dar uma olhada nos blogs dos principais colunistas políticos, pois eles sempre vem para o parlamentar e iniciam as coberturas já pelos bastidores, movimentação na casa, manifestantes entre outras informações. Claro que cada jornalista tem o seu vício. Como não sou adepto do cigarro, um café preto ou um chimarrão cai muito bem.
Nos estúdios da TVAL o jornalista Walter Souza mais uma vez comandou brilhantemente o programa Fala Deputado. Décio Góes, agora como líder da bancada do PT, falou sobre temas como a duplicação da 101, privatização da Celesc, entre outros. Eu, como bom assessor, permaneci nos estúdios acompanhando toda gravação. 
No momento que cheguei no local, fiz o deputado sentar na mesa com o prefeito e representante do governo do estado, afinal todos os flashs seriam voltados para aquela mesa. Depois fiz contato com a imprensa para que no final ele pudesse dar algumas entrevistas. Consegui marcar uma entrevista com o Mario Motta, na Rádio CBN, de outro assunto. Temos que aproveitar o máximo os contatos. 
