quinta-feira, 22 de abril de 2010

A velha briga

Na época da faculdade de jornalismo um dos assuntos que sempre foi motivo para debates, acredito que até hoje seja assim, é a famosa briga da redação X comercial. Quem já trabalhou em jornal impresso sabe que muitas matérias são vetadas devido a influência comercial, como também algumas matérias são encomendadas por investidores ou patrocinadores. Eu já fui mais crítico sobre isso. Hoje penso que se a situação não ferir a ética e o bom senso acredito não ter problema de produzir essas matérias. Sabemos que um jornal precisa de renda para pagar seus funcionários e seus compromissos financeiros.

Estou falando sobre isso por que estava lendo uma reportangem especial feita pelo Diário Catarinense sobre os 30 anos do acidente do vôo 303 da Transbrasil que vitimou 55 pessoas na capital catarinense. Na reportagem umas das histórias que achei mais marcante foi a do empresário Antonio Koerich, presidente da rede de lojas de varejo que leva o seu sobrenome. No dia 12 de abril de 1980 suas duas filhas Rosemary (na época 21 anos) e Jane (19 anos) estavam no vôo 303 e não sobreviveram.

O que mais me chamou atenção após ler toda a reportagem dos jornalistas Diogo Vargas e Viviane Bevilacqua , por sinal muito bem feita, foi quando virei a página para continuar lendo o jornal. Três folhas de uma bela história, fotos, dados, depoimentos de quem sobreviveu, de quem testemunhou o acidente, dos socorristas, em fim, uma reportagem completa que terminou com a história da família Koerich. Após virar a página eis a surpresa, uma propaganda do Feirão de Imóveis da rede Koerich. A equipe de diagramação não teve nem o cuidado de verificar que a propaganda aparecia após a história trágica da mesma família. Coisas do jornalismo.


SURPRESA

Quando menos esperamos a vida nos prega algumas peças. Bom, nesse caso foi uma informação bem interessante. Descorbir que no famoso acidente do vôo 303 o meu tio avô estava no avião. Infelizmente foi uma das vítimas. O senhor Luis Peicher de Carvalho (na época 52 anos) era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Tubarão. Percebo que a veia política corre a muito tempo na família.

Um comentário:

  1. Salve Fogaça, sabes que no inicio do ano passado começamos, eu e uma colega, uma pesquisa para um documentário sobre este acidente e divagávamos sobre o quanto de vida e também de morte, é claro, envolve este incidente. Muito boa a matéria mesmo. O diagramador conseguiu um bom desconto lá no Koerich nêgo!
    Abraço, vou tentar acompanhar o blog.
    Hilton Maurente

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